quarta-feira, 2 de janeiro de 2013


Pecado original não existe!


ENFIM… Os judeus não acreditam na existência do pecado original. O conceito do pecado original indica simplesmente pelo fato de que Adão e Eva trouxeram morte ao mundo por terem pecado no Jardim do Éden. Segundo este conceito, cada ser humano morre porque Adão e Eva cometeram um pecado, e pelo pecado deles castigam todos os seres humanos com a morte. Contudo, a Bíblia descreve algo inteiramente diferente. Adão e Eva foram retirados do jardim do Éden porque se permanecessem ali, poderiam comer o fruto da Árvore da Vida, que os faria imortais (quando desde o princípio Deus os fez mortais). A crença de que eles trouxeram morte ao mundo e que morremos porque eles pecaram é incorreta. Como questão de fato bíblico, a resposta à pergunta demonstra que uma pessoa não pode morrer como castigo pelos pecados cometidos por outra. Morremos porque a morte é uma parte natural da existência e este é o nosso destino desde a criação dos primeiros seres humanos. Portanto, Adão e Eva comeram da fruta da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal conscientemente, mas Deus não os tirou do jardim por esta razão. Deus os tirou dali para evitar que eles comessem do fruto da Árvore da Vida e se tornassem imortais.


UMA EXPLICAÇÃO COMPLETA… 

O conceito cristão do pecado original é o do pecado cometido por Adão e Eva no jardim do Éden. Dali em diante, todos os seres humanos nascem não apenas com uma tendência ao pecado, mas também com a culpa de Adão e Eva, e por esta culpa todos os seres humanos morrem (ver Coríntios 15:21-22). Em outras palavras, Adão e Eva trouxeram morte ao mundo como resultado de seu pecado, e devido a este pecado, todos os seres humanos são pecadores.
Isto simplesmente não é bíblico. O texto bíblico nos diz que Adão e Eva não foram tirados do jardim do Éden porque pecaram (observe, por favor, que na primeira vez em que a Bíblia utiliza o termo “pecado”, não o faz em referência a Adão e Eva. Esta se refere à inveja de Caim contra Abel em Gênesis 4:7). O que despojou Adão e Eva do jardim do Éden foi a Árvore da qual Deus não queria que eles comessem. Esta era a Árvore da Vida.
Mas pensem racionalmente! Como Adão e Eva teriam que comer o fruto da Árvore da Vida para serem imortais, se Deus os fez mortais desde o início! Ele os criou de uma maneira tal que a morte fosse uma parte natural de sua existência, a partir do momento de sua criação!
O texto bíblico de Gênesis 3:22-24 nos diz que Adão e Eva foram quase como Deus e os anjos, porque sabiam a diferença entre o Bem e o Mal. Deus e os anjos sabem a diferença entre o Bem e o Mal, mas Deus e os anjos também são imortais. Por Adão e Eva terem comido o fruto da Árvore do Conhecimento do Bem e o Mal, eles sabiam a diferença entre o Bem e o Mal como Deus e os anjos. Contudo, Adão e Eva ainda não eram imortais porque ainda não haviam comido o fruto da Árvore da Vida. Por isso Deus os afastou da Árvore da Vida retirando-os do Jardim. Isto significa que Adão e Eva não trouxeram morte ao mundo! Em outras palavras, os seres humanos não morrem devido ao pecado deles. Nós morremos pois Deus fez a morte como parte da vida a partir do momento da Criação.  Não existe o pecado original!

“E o Eterno Deus disse: ‘Eis que o homem é como um de Nós, conhecedor do Bem e do Mal: agora, pois, talvez estenda sua mão e tome também da Árvore da Vida, e coma e viva para sempre.’ E o Eterno Deus o enviou do Jardim do Éden – de onde havia sido tomado - para cultivar a terra. Colocou, pois, o homem para fora, e o pôs ao oriente do Jardim do Éden – os querubins com uma espada flamejante que se revolvia para todos os lados, a fim de guardar o caminho da Árvore da Vida.” (Gênesis 3:22-24)
Lembre-se também que ninguém pode morrer pelos seus pecados. Isto significa que ainda que se acredite que Adão e Eva pecaram no Jardim do Éden (o que não fizeram), seus descendentes não podem morrer, e não morreram, pelo pecado de Adão e Eva.

* Autor - Rabino Stuart Federow, reproduzido aqui com autorização. 
 Retirado de http://judeus.blogspot.com.br/

15 comentários:

  1. Eu concordo que a doutrina do pecado original seja falsa - que todos pagam pelo pecado de Adão e Eva. Mas tem uma falácia quando o autor fala que o primeiro pecado foi de Caim, porque sabemos segundo a bíblia que todo o pecado é a trangressão da lei de Deus, ora Adão e Eva havendo feito o que Deus não queria, que era comer do fruto, eles pecaram, porque isso simplesmente significa não fazer o que Deus ordenou.

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  2. O rabino trouxe algumas abordagens interessantes. O nosso amigo comentarista aborda o doutrina do pecado original como falsa, porém no final de seu discurso expõe uma possibilidade de esta não ser tão falsa. A abordagem é: Quais foram a consequência que o pecado trouxe a humanidade? Definir um pecado como original é viver a eminência do que não se entende, mas que deseja explicar. Logo, o pecado entrou no mundo; isto ocorreu pela falácia humana (homem=Adão; Mulher=Eva); Suas consequências foram desastrosas, pois estabeleceu um Rompimento; Ou se preferirem Separação entre o que é Eterno e o humano. Em referência ao texto rabínico temos que ter alguns cuidados: 1º Até o exílio babilônico todos os males da humanidade provia de Deus;Ou seja, a fonte era a mesma o bem o mal procedia de um mesmo ser. Isto é falso. Jr 29:11-13 “Eu é que sei que pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, PARA VOS DAR O FIM QUE DESEJAIS. Então, me invocareis, passareis a orar a mim, e eu vos ouvirei. 13 buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração”. Não confunda justiça com maldade. 2º Só existe pecado se existir a lei moral. Desculpe-me! Mais isto é uma grande besteira. O que existiu no mundo angélico não foram atos pecaminosos, mas apenas uma rebelião pequena, onde Lúcifer e outros foram condenados por todas eternidade? Deus é Deus. Eu sou disse ele a Moisés. Sendo assim todas as formas de rebelião contra Deus é pecado. Seja orgulho, arrogância, desejos tolos ou até mesmo comer um fruto. O que quero dizer meu amigo é: Se Deus pronunciar a sua vontade não devemos de forma alguma ir de encontro, mas obedecer, pois esta é a vontade de Deus e pronto! O pecado existe. E é original. Pois é verdadeiro. Tenhamos cuidado! Pois suas consequência são desastrosas. Cito também o texto Gn 3:22-24. Perceba no que se tornou o homem. E do que ele era capaz, mesmo se isto "machucasse o coração de Deus"

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  3. O artigo escrito pelo Rabino Stuart Federow traz em seu bojo a idéia "judaica" a respeito do que é pecado. Para o judaismo, não existe pecado original. O conceito de "pecado original" em sua forma atual vem dos chamados "pais da igreja", que teve grande ascensão com a teologia de Agostinho. Agostinho fez uma leitura errada de Romanos 5:12, porque tinha em suas mãos a versão latina da biblia. Porém, ao examinarmos Romanos 5:14, verificamos que A morte já "reinava" até Moisés (tempo da Lei), mesmo sobre aqueles que "não pecaram à semelhança da trangressão de Adão...". A morte, portanto, não veio por consequencia do pecado de Adão transmitido aos seus descendentes (como preconiza a teologia agostiniana). Com isso quero dizer que parece haver contradição entre o versiculo 12 e o versiculo 14 de Romanos 5.

    Esta teologia, por sua vez, passou ao protestantismo através de Calvino. Calvino o define como “uma depravação e corrupção hereditária de nossa natureza, difundida em todas as partes da alma, que primeiramente nos torna sujeitos à ira de Deus e depois também produz em nós aquelas obras que a Escritura chama de ‘obras da carne’” (Inst., 2.1.8). Note a palavra "CORRUPÇÃO HEREDITÁRIA".

    Para Agostinho e Calvino, o pecado é transmitido hereditariamente (passa de pai para filho) e isto afeta nosso ser de modo pleno, daí o seu famoso conceito de depravação total.

    Eu particularmente não concordo com essa definição porque o pecado não é um "estado do ser" mas um "ato do ser". Seu pecado é só seu, de mais ninguém. O pecado do seu pai não afeta você. A biblia não dá a idéia de que o filho paga pelos pecados do pai e vice-versa. Leia Ezequiel 18:4,19,20.

    Quero externar aqui minha indagação como teólogo de que foi a teologia Paulina que influenciou a leitura que hoje temos de pecado original. Pode ter sido fruto de traduções erradas ou pode ter sido de fato esta a idéia que paulo tinha sobre o pecado de Adão...ficarei apenas na conjectura.

    Quanto à questão colocada pelo Marcos, o conceito de bem e mal provindo de um unico ser (Deus) é bíblica sim. Foi o exilio babilonico que influenciou a mudança de pensamento dos judeus com relação a isto. Dá uma lida no artigo [DEUS NA VISÃO CRISTÃ ORTODOXA]. Nele aponto textos e citações de autores que confirmam o que escrevi acima.

    Quanto a Jeremias 29:11-13 divirjo que o texto não significa que Deus faça "apenas" o BEM (e não o mal), pois este texto demonstra o plano de Deus com relação ao povo de Israel quando saiu de Babilonia, ou seja, o plano de Deus quanto á um futuro para Israel.

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  4. O que seria a transgressão de Adão? E, transgressão não é PECADO? E, não diz nos versos finais de Rom. 5 sobre o pecado ( /ofensa) de Adão? E.... no verso 14, não diz que a transgressão seria um "tipo" de pecado?

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  5. Gleison,

    Adão transgrediu uma lei para ele, em sua época. A lei era a de "não comer da arvore da ciencia do bem e do mal" - (leia por favor o artigo OS DEZ MANDAMENTOS EXISTIAM NO ÉDEN?).

    1 João 3:4 afirma que pecado é a transgressão da lei (Não diz qual lei e nem que se trata dos dez mandamentos). Se você disser para mim que João está querendo ensinar que aqui se trata do decálogo, eu te pedirei para me dar prova cabal e escriturística da sua afirmação. Até porque os tradutores em outras versões convencinaram traduzir o mesmo termo como "rebeldia", "iniquidade", que dão mais amplo sentido ao termo. É preciso levar isso em conta. Infelizmente, o Adventismo acostumou seus leitores a todas as vezes que lêem a expressão "mandamentos" ou "mandamentos de Deus", pensa que se trata dos dez mandamentos. Ledo engano.

    Então, qual foi a transgressão de Adão? Ele desobedeceu a ordem de "não comer da árvore da ciencia do bem e do mal". Não tem nada a ver com o decálogo. O que eu questionei sobre Romanos 5:12 e 14, foi o fato de que o argumento agostiniano é que a morte passou a todos os homens por causa do pecado de Adão e para isso Agostinho usou sua "versão latina" da bíblia. Mas o texto grego não permite tal conclusão. Analise com cuidado que o versiculo 14 difere do 12, na questão do pecado original.

    Abração...

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    1. Davi Lucas
      Meu amigo, gostaria que vc me desse alguma biografia sobre a mortalidade de Adão antes da queda, também defendo a tese de que a morte é algo natural a todo ser humano e sei que um Judeu não vê a morte fisica como algo maldito, mas gostaria de ter mais base teológica para sustentar esta tese. muito grato.

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    2. Se você não leu o artigo, peço que leia. Não pretendo dar nenhuma "biografia", apenas leia o texto de gênesis sem influencia agostiniana e descubra por si mesmo. Obrigado por comentar.

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  6. Marcelo,

    Saudações Cristãs!

    Muito bom mais este espaço aberto por você.

    Saúde e paz!

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  7. Mai onde eu disse alguma coisinha qualquer dos dez mandamentos? Meu deus do céu... todos meus comentários você distorce...

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  8. Marcelo, vc conhece o Forum Evangelho? Te convido a participar dele, será bem vindo!

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  9. Tudo quanto Deus fez é "bom". Dizer que a morte faz parte da criação e é natural é o mesmo que dizer que a morte, a degradação e as doenças são boas. O que não está sendo entendido aqui é que Adão foi criado "mortal" no sentido de que antes da Queda ele estava numa espécie de condicional, ou seja, o verdadeiro amor nos dá liberdade para seguí-lo ou não. Portanto, Adão e Eva tinham que passar no teste de fidelidade ao usarem seu livre-arbítrio. Se caso não tivessem pecado, a vontade de Adão e Eva seria em favor de Deus tornaria permanente e o acesso à árvore da vida estaria aberto. No meu livro "Refutando o Preterismo Completo" na página 46, 47 falo sobre isto, vejam:

    "Não é só Adão é forçado a deixar Éden, mas querubins e uma espada flamejante estão a postos para certificar-se de que o homem não tenta voltar ao Éden. Qual é o objetivo principal dessa expulsão e os guardas com a espada de fogo? Deus quer ter certeza de que Adão está completamente desligado do acesso à árvore da vida, porque se ele toma da árvore e come, viverá eternamente. Esta proibição foi dada como uma consequência necessária da queda. E, obviamente, implica que se Adão não tivesse pecado, ele teria livre acesso a essa árvore e não morreria fisicamente. Ele também acabaria por ter obtido glorificação e vida celestial eterna. “A árvore real no Jardim do Éden poderia permitir que Adão e Eva pudessem viver eternamente e poderiam continuar a comer seus frutos. Mas o seu acesso a essa árvore tinha sido condicionada à sua obediência. Ao cortar a humanidade do acesso à árvore da vida, por um acesso de restrição para isso, os homens poderiam, então, ser preparados para receberem a verdadeira árvore da vida, Jesus Cristo .
    Só se pode concluir a partir desta narrativa que a morte não é natural. É um resultado do pecado e uma consequência da separação de Deus. A partir do momento que Adão comeu o fruto, ele era uma criatura mortal. Se alguém argumentar que Adão foi criado mortal e corruptível e teria morrido mesmo se não tivesse pecado, então a negação do acesso à árvore da vida não faz sentido.
    Além disso, aqueles que argumentam que a queda só causa a morte espiritual, porque a pena tinha que começar no dia em que o fruto foi comido, não leva em consideração que a expulsão de Adão do Jardim e da árvore da vida está ligado à sua morte física. Adão já estava espiritualmente morto quando ele foi excluído do Éden. Portanto, a morte física tinha que ser a consequência dessa exclusão permanente, até mesmo uma morte a mais de 900 anos depois".

    http://www.revistacrista.org/Literaturas/Refutando%20o%20Preterismo%20Completo.pdf

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  10. “Preciosa é, à vista do Senhor, a morte dos Seus santos”. Salmo 116.15

    Antes que alguém me cite este Salmo para dizer que a morte é boa, aqui vai uma explicação do mesmo:

    Será mesmo a morte preciosa? Ainda mais a de um santo de Deus?
    Veja o que Sociedade Bíblia do Brasil nos diz sobre esse salmo:
    “Por que a tradução do Salmo 116.15 na Nova Tradução na Linguagem de
    Hoje é tão diferente da tradução de Almeida?
    É preciso olhar o contexto, que ajuda a determinar o sentido em que cada palavra é empregada. Não é possível traduzir certa palavra do original sempre pela mesma palavra em português. A palavra yaqar é um bom exemplo de como o contexto ajuda a determinar o sentido das palavras. O texto de Salmo 116.15 aparece assim na tradução de Almeida: "Preciosa é aos olhos do SENHOR a morte dos seus santos." A NTLH traduz assim: "O SENHOR Deus sente pesar quando vê morrerem os que são fiéis a ele." O adjetivo yaqar é aplicado, por exemplo, a pedras preciosas, e no Salmo 36.7 é fácil entender-se o que o salmista diz: "Como é precioso o seu amor!" Mas no contexto do Salmo 116, fica esquisito pensar-se que o salmista esteja afirmando que a morte de um dos adoradores do SENHOR seja algo que alegre ou agrade a Deus. Isso porque no contexto próximo (versículos 3-4,8-9) o salmista declara ter sido libertado do perigo da morte e agora anda, agradecido, no mundo dos vivos. O que o salmista diz é que o SENHOR não fica alegre quando um dos seus fiéis morre; ele fica triste. E fica triste porque, quando um desses fiéis morre, como pensava o povo do Antigo Testamento, vai parar no mundo dos mortos, um buraco imenso e escuro, onde reina silêncio absoluto. É um adorador a menos para o SENHOR, porque, como diz o Salmo 6.5 (contexto remoto): "pois no mundo dos mortos não és lembrado, e lá ninguém pode te louvar." No Salmo 116, portanto, yaqar quer dizer "custoso". A morte de um dos fiéis é "custosa" para Deus. Algumas Bíblias traduzem esse versículo exatamente assim: "Custa ao Senhor ver morrer um dos seus fiéis." A perspectiva do Novo Testamento sobre a morte é diferente.
    Mas o Antigo Testamento não pode ser traduzido pela ótica do Novo
    Testamento. Embora o Antigo Testamento faça parte do cânon da nossa
    Bíblia, deve ser traduzido como Escritura hebraica ou judaica. É preciso dar o sentido que a mensagem teve no tempo em que foi transmitida e como foi entendida pelos leitores daquele tempo. Isso inclui, naturalmente, preceitos 24 éticos e conceitos teológicos considerados pré-cristãos”.

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  11. Fonte: Refutando o Preterismo Completo, site: www.revistacrista.org

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  12. Este comentário foi removido pelo autor.

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  13. Cesar Fran, obrigado por comentar..Seja sempre bem vindo.

    Eu discordo da doutrina agostiniana acerca do pecado original, e não repetirei aqui minhas razões, basta que você suba um pouco a página e observe meu comentário acima, onde falo sobre a leitura que Agostinho fez de Romanos 5:12 e como essa ideia passou ao protestantismo com Calvino. Se torna óbvio, portanto, que o pecado não é transmitido hereditariamente (e a bíblia afirma isto), leia Ezequiel 18:4,19,20. E neste ponto peço que você reveja seus conceitos..

    Quando lemos Gênesis 2, devemos necessariamente ler também o capitulo 3, porque eles se esclarecem e no capítulo 3:22-24 é que está a conclusão e se percebe claramente alguns detalhes:

    1 - Adão era mortal, pois quando Deus o lança fora do Jardim o faz sob a ordem de que ele não deveria ter acesso a arvore e comer e viver eternamente. "Ora, não suceda que estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente".[Gênesis 3:22]. Que conclusão se chega? Que este foi "o motivo" de Deus lançá-lo fora do Jardim (Ver v. 23).

    2 - O que discordamos é que "a morte veio como consequencia do pecado" e que "sua expulsão do jardim estaria ligado à sua morte física".

    Você diz: "Só se pode concluir a partir desta narrativa que a morte não é natural. É um resultado do pecado e uma consequência da separação de Deus".

    O grande problema é: A ordem de Deus dizia que Adão "deveria morrer no mesmo dia em que comesse"...mas ele não morreu no mesmo dia. O texto é bem claro e se você ignorar este trecho, suas bases carecem de sentido, pela própria continuação da historia que nos informa que Adão viveu 930 anos e depois morreu (Gen 5:5). NÃO MORREU NO MESMO DIA!

    Seja sincero irmão: Você acha justo Deus condicionar uma punição a toda a humanidade em todas as eras subsequentes, por causa de apenas um ato cometido por um casal em condições primevas e inocencia total?

    3 - Pelo fato de ter criado a morte como plano natural das coisas, não quer dizer que criou as doenças e degradações do ser humano, porque isto veio como consequência da longevidade e condições do ser humano ao longo da sua vida.

    Tanto é que ao perceber isto, Deus decide reduzir a vida do ser humano a no máximo 120 anos. (Gen 6:3). Há uma enorme diferença entre o capitulo 5 e o 6 quanto a questão da longevidade do homem.Se fosse assim, as doenças e misérias já estariam fazendo efeito e retardando a vida desses patriarcas há muito tempo...mas gênesis não relata isto..

    Em síntese, algumas idéias eu concordo com você, outras não...eu vou dar uma olhada no link que você me indicou..muito obrigado
    Marcelo Valle

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